
Madrigal da UFSC
O Madrigal da UFSC é um projeto de extensão aonde alunos da universidade compõem um coral e se apresentam em vários eventos solenes. As apresentações ocorrem dentro da instituição e também em casas públicas, como o Teatro Pedro Ivo, muitas vezes em conjunto com a Orquestra de Câmara da UFSC. Sobre coordenação da professora e maestrina Miriam Moritz, o projeto é administrado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC, e conta com alunos de vários cursos da universidade, que recebem bolsas pela participação.
O Madrigal foi criado em 2009, junto com a Orquestra de Câmara da UFSC. Os ensaios acontecem no Auditório do EFI, no Campus Trindade. Guilherme Wolff é fonoaudiólogo e aluno de medicina, e apesar da experiência com voz, é novo no Madrigal: só entrou no projeto há duas semanas.

O Madrigal conta com oito alunos, que tem as vozes de Mezzo-Soprano, Contralto, Tenor e Barítono. Guilherme fez Fonoaudiologia na UFSC, e auxilia os colegas com exercícios para aquecer e melhorar a clareza da voz.

O repertório do Madrigal é variado, indo de MPB a Barroco, mas o estilo mais cantado é o Negro Spiritual, canção com raízes na cultura negra americana. Originária nas lavouras do sul dos EUA, o Spiritual é um coro a capella, ou seja, sem auxílio de instrumentos musicais, muitas vezes acompanhado com palmas. Surgiu como uma música de trabalho nas plantações escravagistas do século XIX, e tornou-se um símbolo de resistência negra.

Evelyn Justino é aluna de Serviço Social, e está no Madrigal desde 2014. “Eu costumava cantar na igreja, mas no Madrigal melhorei muito”, conta a Mezzo-Soprano, que é de Curitiba.

Hattos Paulo é aluno de Medicina. Mineiro, o Tenor é natural de Sete Lagoas, a 70km de Belo Horizonte, e para ele o Madrigal serve como refúgio: “No meu curso é muito fácil ficar com a cabeça sempre naquilo. Cantando eu relaxo um pouco”.